30 de jun. de 2010

2. Trabalho (estudo realizado do texto) - Minha resenha critica


SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Convergência digital, diversidade Cultural e esfera pública. In: In.: PRETTO, Nelson De Luca. Além das redes de colaboração. Edufba: Salvador, 2008. P. 31-50

Sérgio Amadeu da Silveira é um sociólogo brasileiro, conhecido por ser considerado divulgador do Software Livre e da Inclusão Digital no Brasil. è doutor em Ciências Políticas pela Universidade de São Paulo e, atualmente, é professor da Universidade Federal de ABC (UFABC). Possui história por ter sido um dos grandes implementadores dos telecentros na América Latina e presidente Nacional de Tecnologia da Informação.

De acordo com o Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira e baseado em seus estudos sobre o pensamento de Yochai Beencler(2006) –The Wealth of networks, surge uma nova esfera pública com a internet na sociedade global denominada “esfera pública conectada” e que aparece devido a revolução informacional.

O texto traz o modelo contextualizado por Benkler em que o uso da internet e ambientes virtuais fornecem capital para determinados grupos organizados, sendo esta, a característica da rede e que para Benkler interfere na esfera pública no uso da internet superior as “mass médias” (rádios, TV e jornais), pois a internet sustenta a potencialidade nas relações e interações globais por estar inserido em diversas camadas, possuir diferentes níveis de utilidades, diferentes graus de eficiência e efeito ampliando, assim, a “esfera pública”. Segundo ainda Benkler, o ambiente informacional apresenta duas grandes diferenças em relação ao ambiente do broadcasting: a primeira baseia-se na nova formação da cultura de redes em conexões variadas e com elevada interatividade e a segunda baseia-se na facilidade de acesso e interatividade devido ao menor custo e a inexistência de barreiras na acessibilidade. 

Sendo, assim Prof. Amadeu, assegura que individualmente ou coletivamente, as redes informacionais possuem uma eficácia mais efetiva que as “mass médias” devido a sua dinâmica e acessibilidade ampliando a potencialidade dos cidadãos na sua interação e movimentação no espaço público.

A esfera pública dominado pela “mass média” tem seu monopólio articulado e realiza um poder de influência dos seus proprietários e que se percebe a crescente instância também na internet perceptível como no Yahoo, Google, entre outros, e que se manifesta com grande intensidade no ambiente de redes digitais, porém este poder não consegue controlar on fluxo de informações, nem as possibilidades de redes de colaborações e de cunho econômico, surgindo assim uma disputa tal como no capitalismo industrial. 

A multidirecionalidade possibilitada pela internet transcende as fronteiras nacionais, daí, Amadeu enfatiza seu pensamento sobre o surgimento da esfera pública interconectada. Prof. Amadeu enfatiza também, os estudos de Howard Rheingold (2004) quando retrata a mobilidade do uso de celulares sobre a queda do ex-presidente filipino Joseph Estrada convocado por SMS, onde multidões inteligentes as se conectarem viabilizaram uma situação com um objetivo determinado e isso provou que o uso da rede digital, sem fio, acompanha o andar do cidadão e sua mobilidade e articulação na esfera digital e que não é possível na comunicação analógica unidirecional.

Para Amadeu, com o crescimento da internet de forma imperceptível às grandes corporações que ocorreu por não haver interferência que prejudicasse o seu funcionamento e longe de toso protocolo capitalista que gera custo alto, a internet tornou-se uma rede de constante evolução, sendo possível, criar, interagir e até mesmo promover soluções tecnológicas com base apenas no protocolo da rede, haja vista a inexistência de órgãos central que emperre sobre o que pode ser criado.

Com a possibilidade de utilizar obras sem o pagamento de royalties, mas com mobilização de criação, a partir de outras obras sem hierarquia utilizando a reconfiguração tem elevado o uso de redes de colaboração.

Prof. e Dr. Amadeu cita a criação do MP3 em relação as possibilidades de ampliação do usos e frutos da música por Shawn Fanning e com isso causou impacto nos gerenciadores musicais devido ao uso livre e de compartilhamento do uso da música causando muitos impactos e quem depois, comprado pelo grupo Roxio que vende software para a geração de Cd e DVD, assim formando a rede de colaboração, a partir de 2002 com Bram Cohen ao criar o software livre. Entre outros exemplos, assim firma-se que a internet é uma comunicação via IP desenvolvida colaborativamente sem as exclusões promovidas pelo patenteamento e por demais formatos das chamadas propriedades intelectuais de obras da inteligência coletiva, recombinante. Sendo assim, Amadeu afirma que a internet é um espaço coletivo de infinita expansão.

O prof. Amadeu expressa através do pensamento do professor Henry Jenkins, à convergência e a desentermediação que aparece como um paradigma na questão da exclusão da televisão em detrimento do computador e, por conta disso, a convergência da indústria de computadores com a indústria da televisão. Para Gildler, segundo retrata o Professor Sérgio Amadeu, o computador não veio para transformar a cultura de massas, mas para destruí-la.
Para o professor Sergio Amadeu o digital é uma metalinguagem que permitiu separar e liberar todos os conteúdos e formatos de seus suportes físicos. Para ele a expansão da digitalização, o que era antes realizado de forma analógica, portanto cheio de etapas até ser alcançado um objetivo final, hoje, acontece sem intermediação a exemplo da música que atualmente acontece diretamente entre o artista e o fã.

Apesar de a convergência digital gerar a formação de grandes oligopólios monopolistas, esta, através das redes digitais permite a colaboratividade na interatividade com expressões nos software livres, as wiki e os trabalhos em criatve commons. Com isso se percebe um traço paralelo à emergência da infra-estrutura de comunicação atingida pelas redes de colaboração da internet que, atualmente, deve ser oferecida também pelo celular, gerando grandes conflitos em seus utilitários e desencadeando a disparidade do mercado digital mundialmente falando. Com isso, se percebe a voz sobre o IP de um lado e as possibilidades de compartimento de arquivos digitais do outro, firmando a gift economy, a economia da dádiva.
O professor Amadeu Silveira traz também o entendimento sobre nuvens abertas de conexão colaborativa: celulares P2p, TVIP, pois pó re-uso e a reconfiguração que ocorre nos aplicativos da rede compõem uma dinâmica que está contaminando as telecomunicações digitais, pois as redes colaborativas da internet estão gerando possibilidades e criando a diversidade de produção cultural.

Outra questão que o professor Sérgio Amadeu coloca é em relação ao licenciamento governamental ou a privatização de sequência e as iniciativas do livre sinal wereles que Blenker chama de “espaço comum”, porque este é um recurso “espectro eletromagnético”.

Professor Amadeu finaliza relatando sobre a defesa do espectro aberto como uso compartimentado do espaço vital parta as comunicações, colocando em questão as possibilidades desse uso o modelo atual das concessões de rádio e TV em ambientes de convergência digital e mobilidades.

Contudo visto, contextualizado e percebível na atualidade da digitalização informacional, é evidente a supremacia da era digital e a falência da era analógica, devido às grandes possibilidades trazidas pelas redes de colaboração, através da expansão da internet.

4 comentários:

Silvio disse...

Oi Lú,

Olha eu aqui no seu blog fuçando mais uma vez, mas vamos lá...

Parabéns pela resenha, afinal de contas a palavra “digital” é fundamental para que possamos compreender a convergência. No padrão analógico, a transferência de informações e a convergência entre distintas plataformas eram difíceis de acontecer.

A convergência digital, pelo que entendi em sua resenha, excelente por sinal, como toda tecnologia, não é boa ou ruim, mas é uma ferramenta. A utilização que se faz desta técnica é o que define suas peculiaridades. Todavia, o que é possível averiguar é que dispositivos que programam a convergência digital estão cada vez mais freqüentes no cotidiano, seja nos lares e na vida das pessoas.

Mais uma vez Parabéns!

Educação: da Intenção a Ação disse...

Obrigada!

Espero estar sempre contribuindo para novas opiniões e que possamos sempre trocar informações!!!

Abraços!

Unknown disse...

Poxa achei interessante que até as fotos que vc postou vai do analógico ao digital. kkkkk, porém no analógico vc está masi bonita kkkk - tudo bem ! Foi da festa ao momento caseiro, mas falando sério o texto está muito bom. Sou leigo nesse assunto, mas só nesta resenha entendi a importância da digitalização hj em dia e como esta favoreceu para a convergencia das industria de televisãompara de computadopres. É isso mesmo?

Cris Araujo disse...

Oi Lusi!! parabéns pela resenha,com certeza vou "pescar" para poder fazer a minha(rsrsr...). Falando sério tá ótima e atende ao objetivo de uma resenha fazer com que o leitor tenha vontade de ler o livro. Sandro é a prova disso. bjos